tag:blogger.com,1999:blog-79303867324051244772024-03-13T05:20:05.275-07:00Blog da GinaLoucuras e devaneios de um palito de dente. Ou seria uma palita de dente?Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.comBlogger56125tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-24598804635592445732012-01-20T06:28:00.000-08:002012-01-20T06:31:10.528-08:00O que é ser solteira?Se você está <a href="http://porqueeusousolteira.com">solteira </a>deve saber que essa vidinha de encalhada não é nada fácil, então apresentamos a você o porqueeusousolteira.com um blog com situações engraçadas sobre a solterice.Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-49736838105441729542011-04-13T17:33:00.001-07:002011-04-13T17:33:32.714-07:00Invenções MalucasNo mínimo você já conheceu algum produto que era totalmente bizarro, aqui vamos falar de algumas invenções malucas ou frustradas que acabaram em produtos totalmente bizarros.<br /><br />Invenções malucas: Mamadeira de aviãozinho<br />Saiba mais no blog de <a href="http://bloginvencoesfrustradas.wordpress.com/2011/04/14/invencoes-frustradas-l-produtos-bizarros/">Invenções Frustradas</a>Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-35027742041205982542011-04-06T21:05:00.000-07:002011-04-06T21:06:49.578-07:001001 invenções frustradasEsse post é um pouquinho diferente dos outros, ao invés de falarmos das invenções frustradas, vamos falar dos inventos que deram certo e sem os quais nossa vida seria um bocado mais complicada.<br />Mas antes, achamos um livro. Sim, um livro, só com invenções que não foramfrustradas e mudaram o mundo completamente. Ao todo Jack Challoner juntou 1001invenções para fazer um apanhado dos principais inventos do nosso tempo<br />Saiba mais no blog <a href="http://bloginvencoesfrustradas.wordpress.com/2011/04/07/invencoes-frustradas-l-1001-invencoes-que-mudaram-o-mundo/">Invenções Frustradas</a>Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-48460909390815979522011-04-04T12:58:00.000-07:002011-04-04T13:01:10.434-07:00Invenções Frustradas com PhotoshopVocê certamente conhece alguma invenção frustrada com photoshop, erros, desastres. Enfim, consertos e reparos que deram errado. Ou ainda algum efeito ou recorte que inventaram de fazer em uma foto e ficou mal feito. Conheça algumas <a href="http://bloginvencoesfrustradas.wordpress.com/2011/04/03/invencoes-frustradas-com-photoshop/">invenções frustradas com photoshop</a> no blog <span style="font-weight:bold;">Invenções Frustradas</span>Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-450985547336689482011-04-01T20:41:00.000-07:002011-04-01T20:43:45.402-07:00As piores Invenções com coversPiores invenções musicais com covers<br /><br />Homenagear um artista que foi inspiração para que se formasse seu caráter musical é sempre algo bastante singelo entre as bandas e músicos. O problema é que muitas vezes algumas bandas resolvem fazer covers e inventar tanto, que acaba sendo um grande erro. Principalmente se os estilos entre homenageado e a banda em questão forem muito diferentes.<br /><br />Conheça algumas das piores invenções frustradas com covers:<br /><br />1 – Hey Judy – Kiko Zambianchi<br /><br />Saiba mais <span style="font-weight:bold;">invenções</span> que não deram certo neste blog de <a href="http://bloginvencoesfrustradas.wordpress.com/2011/04/02/piores-invencoes-musicais-com-covers/">invenções frustradas</a>Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-82059816855920563352011-03-31T20:44:00.001-07:002011-03-31T20:45:47.349-07:00Invenções FrustradasSe você gosta de descobrir quais inventos deram certo ou errado. Erros de marketing. Se gosta de rir do fracasso indicamos o blog de <a href="http://bloginvencoesfrustradas.wordpress.com/">Invenções Frustradas</a> para você saber mais sobre os fracassos do nosso século.Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-55304831661380840642009-10-01T11:11:00.000-07:002009-10-07T13:08:54.478-07:00Gina em: Uma Odisséia Curitibana<strong>O curitibano e o vizinho no elevador:</strong><br /><strong></strong><br />O curitibano acorda, mau humorado, é claro, toma um café e pega o elevador no andar de seu apartamento e o elevador pára antes de chegar ao térreo...<br />— Fecha, fechaaaaa portaaaaa... Droga!!!!!!!<br />O vizinho abre a porta do elevador e entra, para infelicidade do curitibano.<br />— Bom dia!!!!!!!<br />— Bom dia...<br />O elevador demora séculos para descer até o térreo e aquele silêncio está incomodando já.<br />— Tempinho hein?<br />— Pois é, diz que vai chover hoje<br />— É essa cidade é maluca mesmo, ontem tava aquele calor...<br />E o elevador finalmente chega ao térreo e os curitibanos se despedem se sentindo os cidadões mais simpáticos do universo.<br /><br /><strong>O curitibano e a pesquisa de opinião:</strong><br /><br />Lá vai o curitibano andando pela rua XV calmamente, está no horário e como todo habitante de sua cidade ele é uma lesma na calçada...<br />— Bommmmm diiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!- diz uma voz simpática que fez uma aparição espontânea na frente do curitibano bloqueando sua passagem. Ele pára, pensa um instante, dá uma avaliada de cima à baixo e nota a logomarca no canto direito da blusa.<br />— É pesquisa?? - pergunta<br />— Sim querido, mas é rapidinho são só algumas perguntinhas.<br />— Hmm... Então eu estou atrasado.<br />Desvia da pesquisa e apressa o passo até a próxima quadra.<br /><br /><strong>O curitibano e a paulista no metrô.</strong><br /><br />O curibano vai à São Paulo a trabalho e precisa pegar o metrô para chegar a convenção da empresa. Ele entra no veículo e nota que todas as pessoas parecem estar conversando, pensando com os seus botões ele chega a conclusão que deve ser alguma turma de uma escola ou faculdade que pegam metrô junto, é claro. O curitibano senta num dos assentos em fileira na lateral e fica pensando na vida, no tempo...<br /><br />— Oie!! Boa tarde!! Nossa que canseira hein, hoje trabalhei que nem um cavala, você sabe né, tem dia que o serviço é levinho, mas tem dia que pesa, nossa. To moída. Sabe que a minha vizinha, a Rosicreide, ela é uma folgada, trabalha só 4 horas por dia e fica reclamando ainda...- e a paulista continua contando da vizinha, da prima, da piriquita, do papagaio, do cachorro da Rosicleide.<br />Nesse momento o curitibano já está acuado, amendrontado, encolhido no assento. Entra em pânico com o excesso de contato humano num dia só, então ele começa a rezar já pensando que é assombração.<br />— Ei você quer uma bolacha? - oferece o curitibano, sentindo-se meio estranho pois é avesso a sua natureza oferecer coisas.<br />— Nossa que gentileza, eu aceito sim...<br /><br />E o curitibano atocha a paulista de bolacha, uma atrás da outra, para ver se mastigando ela fica calada.<br /><br /><strong>O curitibano e o turista pedindo informação</strong>.<br /><strong></strong><br />O sujeito está aproveitando a manhã de sol, rara a sua cidade, para fazer uma caminhada, respirar ar puro, pegar um solzinho... Ele não se distancia muito de sua casa, porque no fim das contas ele não sabe nem ao certo onde é sua casa.<br />— Oie moço. Por favor onde fica a rua Bento Viana?<br />— Desculpe eu não sei...<br />Claro que ele não sabe, mas a Bento Viana era próxima rua a direita, simples assim. E o turista volta pra sua cidade dizendo que curitibano é grosso e não dá informação. A verdade é que curitibano não sabe onde fica lugar algum para poder dar uma informação.<br /><br /><strong>O curitibano e o trânsito de São Paulo.</strong><br /><br />Existem 3 opções para um curitibano nessa situação:<br />1º- Ele se perde 355 vezes antes de chegar ao destino, porque nem em Curitiba, que a maioria dos locais tem fácil acesso, ele consegue andar. Imagine em São Paulo com um retorno a cada 50km.<br />2º- Ele bate o carro. Primeiro pois curitibano se acha O MOTORISTA, mas no fundo ele é lerdo no trânsito, ruim mesmo e ainda por cima, o curitibano acha que os outros motoristas são videntes, por isso ele utiliza a seta só depois que já fez a curva.<br />3º- Ele se perde mais uma vez, porque o paulista disse que ele precisava virar à esquerda depois do farol e o curitibano pato roda São Paulo inteira atrás de um farol. Porque em Curitiba farol é farol e sinaleiro é sinaleiro<br /><br /><strong>O Curitibano e a pessoa simpática no ônibus.</strong><br /><strong></strong><br />A pessoa ao lado está degustando uma barra de chocolate que parece simplesmente deliciosa, o Curitibano está babando no chocolate, mas é claro que ele não vai nem puxar papo com a pessoa, porque no fim das contas ele só sabe falar no máximo do tempo de Curitiba, nunca que o papo ia chegar no chocolate.<br />— Ei você quer um pedaço de cholocolate??- O curitibano olha para pessoa como se estivesse olhando um alien<br />— Você não é daqui né?<br />É claro que a pessoa simpática não era de Curitiba<br /><br /><strong>O curitibano e o turista que fala que os curitibanos são frios.</strong><br /><br />—Curitibano não é frio, só não somos muito simpáticos - defende-se<br />—Ah é claro né, mesma coisa que dizer que o gelo é frio mas não é frio.<br />— Nossa você viu que frio que fez hoje? Sai de casa tava tudo branco de geada - e o curitibano começa pela 15º vez ao dia falar do tempo estranho da cidade.Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-80271232603521124092009-08-30T07:42:00.000-07:002009-10-07T13:14:35.192-07:00Gina em: A síndrome da carteirinhaEu era uma criança feia. Era mesmo, assumo, não tem problema! O importante é que na infância nenhuma criança é feia de verdade, sempre têm um time de parentes para babar em cima . Que criança se sente feia assim? "Ohhhh coisinha linda da mamãe! Cuti cuti cutiiii" e eu lá com aquela cara de ranhenta e banguela. Seria maravilhoso se depois dos 7 anos a vida continuasse assim, com um pessoal no background cuidando da minha auto-estima, mas cresci e depois dessa idade descobri que não sou o Peter Pan.<br /><br />Na vida adulta aquela criança ranhenta que era o cuti cuti da mamãe assume uma identidade ou melhor, várias identidades e todas elas com fotos 3x4: a carteira de identidade, a carteira de motorista, a carteira da faculdade, o passaporte, a carteira de trabalho... E o pior, o Peter Pan frustrado em mim não serve para tirar fotos 3x4 e duvido quem diga que sirva para essas malditas fotos.<br /><br />Sempre fugi correndo das fotos 3x4, não importa o que eu faça, sempre saio torta, vesga, com cara de assustada mas posso dizer que efetivamente descobri minha síndrome do pânico carteirística na faculdade com carteirinha da federal. Todas as carteirinhas que eu vi eram feias, estranhas e até a Creusa que é minha melhor amiga saiu extremamente torta. Claro que esses boatos me assustavam, mas pelo que eu lembrava estava arrumada no dia da foto.<br /><br />Até que ela chegou, a carteirinha, bem que podia não ter chego, mas chegou - a cara torta, o cabelo desgranhado e um olho menor que outro,vesga, sabe lá como isso é possível. Horrível. A pior carteirinha que já vi até hoje. Eu virei a piada da turma, todos queriam ver a carteirinha da colega vesga, mas até que tinha seu lado bom, eu tinha uma piada dentro da carteira, era só tirar a carteirinha e mostrar: riso garantido!<br /><br />Acabei trancando meu curso na federal porque eu não tenho saco para administração e duvido quem tenha. Mudei de faculdade e mais uma vez, uma nova carteirinha, uma nova identidade no mundo acadêmico. Tive um zelo tremendo no dia foto, arrumei-me com todo prumo e tirei a foto, nem quis ver, tinha certeza que nenhuma foto seria pior que a da federal. Certo? Errado! Continuava horrível! HORRÍVEL!!! Meu cabelo se tornou uma massa preta atrás da minha cabeça e rosto completamente disforme. Não queria ser a piada da turma, mas novamente eu fui: da colega vesga para a colega desgranhada.<br /><br />É nesses momentos que não queria ter crescido, que queria ser a Peter Gina, porque independente da cara torta iria ter aquele time no background para dar uma força na auto-estima, mas não adianta, a infância ficou para trás com os livros do Harry Potter e os episódios do Dragon Ball, parece descabido voltar a ser criança para ganhar um dengo.<br /><br />Mas ainda não foi minha última chance de desfazer minha identidade ruim no mundo acadêmico, perdi a carteirinha e precisei de uma segunda via. Juro que não foi proposital, embora eu esteja com os dedinhos cruzados nas costas, mas enfim, tirei outra foto 3x4 para a carteirinha. Era minha chance! Fiz várias tentativas até que, ufa, ficou boa a foto! Sim! Não estava mais torta e lá fui eu toda sorridente mostrar para amigas:<br /><br />— Olha gente! Essa sou eu de verdade! Não estou torta nem vesga!!<br />— É está melhor que as outras - disse uma colega enquanto passa a carteirinha para outra<br />— Nossa Gina! - disse a outra amiga<br />— Que foi? - perguntei logo<br />— Você parece que está com amarelão!<br /><br />Era verdade! A foto estava boa mas estremamente amarelada, mas dessa vez desisti de tirar outras, assumi essa identidade de uma vez, agora eu sou a Gina. A Gina amarelão!Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-57846470579962815312009-07-20T05:46:00.000-07:002009-07-20T05:52:53.104-07:00RomantismoEla olhou para ele com os olhos amanteigados e doces, lascivos, furtivos, fortuitos, ele correspondeu o olhar. Claro. Mulher e Homem era fogo no fogo, brasa na brasa e eles ardiam, tanto por amor, paixão ou qualquer outro codinome que se dê a esse tipo de coisa.<br /><br />Ele passou as mãos em sua cintura, enlaçando-a e ela arrepiou-se toda. E foram se esfregando, se fundindo, entrando um no outro e toda aquela coisa, de.. sexo. You know what I mean.<br /><br />Então tudo era lindo, maravilhoso, perfeito, nem fazia frio em Curitiba e eles seguiam com um ritmo quente, acelerado e selvagem. Então, eis que o curitibano para de súbito e olha no relógio. <br /><br />— Meu deus estou atrasado !!!!<br />— Claro que não está, eu vou junto com você podemos ficar mais uns 15 minutos ...<br />— Não, não podemos!<br /><br />Tirou, gardou o que tinha para guardar e saiu correndo. Ela sabia que ele podia se atrasar, tinha certeza. Chorou um pouco, mas pensou: "Ele era curitibano, tinha que ser estranho mesmo!!". E começou a procurar no celular telefones com DDDs variados por precaução...Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-71954595051386855842009-01-30T05:06:00.001-08:002009-01-30T05:06:54.295-08:00Alter egoshttp://circodaarlequina.blogspot.com/Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-36452451714298298972009-01-27T09:21:00.000-08:002009-01-27T09:51:29.509-08:00Gina em: Excertos Curitibanos.<strong>As invisíveis:</strong><br /><br />Gina liga para Creusa se sentindo o ser humano mais miserável da terra...<br />— Guria, me dá um colo vai, estou me sentindo tão miserável - suplica Gina ao telefone.<br />— Tudo bem, o que acha de tomarmos um café? - convida Creusa.<br />— Bom, por mim tudo bem, mas vamos invisíveis certo? Não quero ser notada hoje - alerta Gina.<br />— Combinado então - diz Creusa animada.<br /><br />15 minutos depois elas vão ao café e Creusa derruba a bandeja com as bebidas até que o Shopping inteiro nota as duas.<br /><br />— CORRE CREUSAAAA ESTÃO OLHANDO PARA GENTEEEE!!!<br /><br />30 minutos depois na loja de departamento, provando óculos gigantescos e feios. Gina derruba todos os óculos da loja.<br /><br />— MEU DEUS CORREEEE GINA ESTÃO NOS NOTANDO!!!<br /><br />Sim, 100% invisíveis.<br /><br /><strong>O remédio para emagrecer</strong><br /><br />— Gina você viu aquele guri que cuida dos carros aqui na frente? - diz a mãe de Gina<br />— Sim mãe, ele sempre está aí enchendo... - diz a rabugenta Gina<br />— Viu como ele emagreceu ? - repara a mãe<br />— Sim mãe, ele voltou a cheirar cola ... - diz mais mau humorada ainda<br />— Impressionante né, ele estava todo gordinho e agora está parecendo uma vareta. Acho que vou comprar um saquinho para mim - diz séria.<br />— De onde você tira essas idéias hein?? - exaspera-se Gina<br /><br />E eu penso, ser normal deve ser uma virtude incrível. Até minha mãe é uma doente.<br />Mundo estranho. Muito estranho.<br /><br /><strong>O namorado Azul</strong><br /><br />Creusa liga para Gina e pede colo, o canalha do pretendente dela continua a machucando e ela decidiu procurar um conforto, um outro alguém.<br />— Ai Gina estou tão miserável, gosto de um cara que me despreza e agora arranjei um outro alguém - chora Creusa<br />— Isso é ótimo guria!!! Fico feliz que você tenha decidido procurar pessoas novas e tal - diz Gina quase gritando de alegria.<br />— Esse é o problema... - suspira Creusa<br />— Lá vem, affair seu só podia ser encrenca - alerta Gina preocupada.<br />— Ah ele é bacana, gosta de mim sabe e me dá dinheiro e me protege... - lembra apaixonada.<br />— E qual é o problema então ??? - pergunta Gina curiosa<br />— Ele é azul e tem um rabo e eu só gosto dele assim - lacrimeja Creusa...<br /><br />E gina pensa "Azul e tem um rabo? Nada mau... Estranho seria se ele parecesse um ser humano" e até se anima com o namorado azul da amiga, melhor assim, pessoas são estranhas.Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-78450045720895648642008-12-19T05:55:00.000-08:002008-12-22T06:33:03.437-08:00Gina em: Capitu, a vida é uma ópera.Sumi, é verdade bem sei, sumi e estive pelo mundo. Certo que deveria brindá-los com mais um texto alegre, vexando a vida, como sempre fiz, mas a vergonha de ter abandonado meu recanto só me põe tristeza e não alegria.<br /><br />A verdade é que eu estive ocupada e se pretendia escrever sei que sairia só um esboço dos antigos contos e se era para ser ruim, de que me adiantaria escrever? Afinal de contas, do que me adiantaria dar ao mundo o meu pior? <br /><br />Agora que as coisas começam a oxigenar, sinto que me faltava algo a fazer, então declaro por retomadas as atividades desta pocilga, embora o tempo de pasteurização tenha me tirado um pouco da forma, prometo retomar em qualidade e conteúdo!<br /><br />Pois bem, apertem os cintos. Lá vamos nós!<br /><br /><strong>Gina em : Capitu</strong><br /><a href="http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2039/imagens/i78404.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 394px;" src="http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2039/imagens/i78404.jpg" border="0" alt="" /></a><br />Quando liguei a televisão e vi que seria feita uma adaptação de Dom Casmurro, confesso que estremeci de alegria por ter a oportunidade de ver a encenação de uma obra tão fascinante e estremeci novamente de medo porque a vida inteligente na programação televisiva sempre foi meio de se duvidar.<br /><br />A verdade é que gostei da adaptação, com alguns estranhamentos, mas gostei. Estranhei a trilha sonora pouco abrasileirada, estranhei o decrépito Dom Casmurro, estranhei o Escobar afeminado e bailarino e gostei de todo o resto, que é grande coisa. Adorei a intrepretação de Capitu e Bentinho dentre todas as demais.<br /><br />Sempre fui fascinada por esta obra, afinal, quem mais seria capaz de levantar uma dúvida por um século? Se fosse hoje, as coisas seriam muito simples, iam Casmurro e Capitu ao programa do ratinho e pronto! Um DNA e parabéns pro papai!! <br /><br />Numa outra hipótese, como dizem as más línguas, se Bentinho era mesmo apaixonado pelo Escobar (sei o que você sente, também custo a acreditar e por isso não gostei do Escobar afeminado da minissérie), se fosse hoje, que saissem da cristaleira e fossem se casar na parada gay . Era bem mais simples.<br /><br />Entretanto, brincadeiras à parte, só mesmo Machado de Assis foi capaz de levantar dúvidas que pairam sob um século inteiro de literatura e é por isso que ele é um dos meus autores favoritos e grande referência pra mim, que não sou lá grande coisa também...<br /><br />Esse refinamento todo que traz a obra uma beleza insuperável e que me encanta muito e que na minha humilde opnião foi transmitida para televisão. Afinal, de beleza a vida hoje é tão escassa, que é até bonito imaginá-la como uma ópera, dramática, lírica, misteriosa...<br /><br />"Olhos de cigana, oblíqua e dissumulada". Confesso que a primeira vez que li o livro, ainda muito jovem, imaginava que Capitu bebia demais e por isso tinha olhos de ressaca. Vê se pode? Por isso que cresci desmiolada desse jeito, já não era muito certa das idéias quando criança.Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-66146797072865163512008-10-25T15:48:00.000-07:002008-10-25T15:53:43.542-07:00Gina em: Famoso JabáOla palitonautas!<br />Saiu um texto da Gina no Bebendo fumaça, que por sinal é um excelente blog, olha só que alegria! Muito obrigado Cafeína e Niquinha!<br /><br />Quer puder vai lá dar uma palitada! Vai aqui um tira gosto:<br /><strong><br />A tal da calcinha bege....</strong><br /><br />Todo mundo sabe e concorda categoricamente – mulher é um bicho estranho em todos os sentidos – nós, as mulheres, viemos de outra espécie humana: o "Homo Esteticus". Não adianta reclamar, dizer que não se cuida, que não usa maquiagem, chapinha, escova, que anda desleixada. No máximo o que você faz é disfarçar que possui a tal da beleza natural: naturalmente cheia de blush, pó, rímel, corretivo, sutiã com enchimento...<br /><br />Quer saber o resto? Acesse: http://bebendo.blogspot.com/Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-84398225261739402692008-10-22T07:13:00.000-07:002008-10-24T04:59:26.028-07:00Gina em: Conjugando empacarA mula da Gina empacou em algum lugar na ribanceira, está lá, parada, urrando, zunindo, empacou mesmo a coitada. Começa a escrever, pára, começa, pára, eta mula veia. E ninguém tem tempo de tirar a pobre mula empacada.<br /><br />eu empaco<br />tu empacas<br />ele empaca<br />nós empacamos<br />vós empacais<br />eles empacam <br /><br />e eu não gosto de empacar. Acho que é a crise financeira, não sei. Você aí tem alguma idéia para desempacar a mula da Gina?Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-12193723601977219482008-10-02T19:45:00.000-07:002008-10-03T07:14:00.738-07:00Gina Emocionada!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://celsoricardo.files.wordpress.com/2008/10/selointeligente_thumb.jpg?w=204&h=187"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px;" src="http://celsoricardo.files.wordpress.com/2008/10/selointeligente_thumb.jpg?w=204&h=187" border="0" alt="" /></a>Que emoção! Que alegria! Que momento mais sublime da blogosfera brasileira! O Blog da Gina ganhou um selo. Oh eu já estou vendo o reconhecimento, meu nome no Top 10 da Veja, algumas entrevistas para Folha, milhões de visitas, autográfos, fotos, tietagem... Ahh a fama!<div><br /></div><div>Viu no que dá elogiar pobre? O pobre se acha !</div><div><br /></div><div>Brincadeira a parte, obrigado ao <a href="http://www.celsoricardo.wordpress.com"> Celso Ricardo </a> pelo selo, obrigado mesmo, é uma honra ainda mais vindo de um blog tão bacana como o dele.</div><div><br /></div><div>E efetuando a cerimônia de praxe indico mais 3 blogs excelentes blogs para o selo:</div><div><br /></div><div>1- <a href="http://bebendo.blogspot.com/">Bebendo Fumaça </a></div><div>2- <a href="http://ocondei.blogspot.com/"> O Conde </a></div><div>3-<a href=""></a><a href="http://www.taxitramas.blogger.com.br/">Taxitramas</a></div><div><br /></div><div>Que alegriaaaa fiz um post em menos de 2 minutos. É um record!</div><div><br /></div>Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-35188764551457953062008-09-21T19:48:00.000-07:002008-09-21T23:24:04.422-07:00Janaína em: Querem me fazer de palhaça!Quando completei 18 anos, não há muito tempo, sabia que algumas mudanças já convencionadas aconteceriam na minha vida - carteira de motorista, consumo legalizado de bebidas, possibilidade de entrar nas casas noturnas - e longe dessas futilidades, que não são tão fúteis assim, ele, o título de eleitor. <div><br /></div><div>Sempre tive um delírio apaixonado por essa responsabilidade do cidadão de ter que escolher seu futuro, o melhor para sua cidade, para seu país. Sei que alguém enfiou essa idéia romântica cabeça a dentro na minha juventude. "Nós, a elite bem alfabetizada, possuidora de senso crítico, inteligente, cidadã de uma democracia em um país com grande potencial, podemos escolher o melhor para o nosso país e mudar o futuro! Sim, nós podemos!!". Esse é o discurso dos jornais, da sociedade, da televisão, daqueles professores que acreditam no ofício de lecionar.</div><div><br /></div><div>Então, lá fui eu retirar meu título, certo que fui na última hora, no último momento e na última fila: a maior! 3 longas horas de fila, a culpa foi minha, assumo, mas era pela minha cidade, pelo meu país. Vale a pena! É claro que vale...</div><div><br /></div><div>Título em mãos, joguei-me no ofício de procurar um candidato, peguei todos os santinhos que me deram, vi o horário eleitoral, peguei jornais nas ruas, procurei nos sites dos partidos e me vi em lugar um que não esperava estar: fora da " elite bem alfabetizada, possuidora de senso crítico, inteligente, cidadã de uma democracia".</div><div><br /></div><div>Sei que muitas vezes sou a pessoa mais crítica para falar de Curitiba, para falar do país, do povo e as vezes sou até chata, mas claro que gostaria de escolher o melhor, aliás gostaria de não ter que sentir pena das pessoas nas ruas que me pedem esmola, gostaria de não sentir remorso ao ver realidades diferentes da minha, gostaria de não me sentir culpada ao ver os índices de violência, de analfabetismo funcional, da degradação ambiental e eu imaginava que essa culpa toda seria lavada no dia da eleição, depositando meu voto em um candidato decente que poderia trabalhar para proporcionar um futuro melhor para todos.</div><div><br /></div><div>Você pode estar se perguntando, por que justamente eu, uma jovem aspirante da blogosfera que nem tem um blog sobre política, que nunca escreveu sobre política, excertos os textos do vestibular, que nem gosta de falar sobre isso, por ser algo que, embora temerosa, acompanho de longe, por que diabos eu estou falando disso? Dessa tal de política.</div><div><br /></div><div>Porque me deram uma democracia de mentira e uma liberdade de papel, porque me deram a liberdade de escolher um futuro ruim entre um candidato péssimo e outro pior, entre o palhacinho do batel e o chiquinho lady-lord ou entre a centenas de vereadores, com o perdão da palavra, idiotas, como você pode conferir aqui no site <a href="http://www.blogger.com/%3Ca%20href=" org="" galeria="" p="89""> Loucampanha eleitoral 2008 </a> ou ainda aqueles outros que querem me convencer a votar pois são pais-de-família-cristãos-trabalhadores-filhos-do-povo-gente-humilde-e-decente. E as propostas? Onde estão? Faça o teste, pegue a publicidade dos candidatos e procure as propostas, vai ser muito pior que achar o Wally. Bem pior! </div><div><br /></div><div>No outro lado, na disputa entre prefeitos, que deveria ser mais consistente, temos um prefeito garoto propaganda, mais fala do que faz e o que faz é para se manter no poder (te dou 10 segundo para você me dizer se uma reforma em terminais de ônibus um mês antes das eleições é ou não uma obra eleitoreira), um ex reitor que só sucateou a já sucateada UFPR, a cadidata-vácuo que diz que vai resolver todos os problemas de Curitiba, mas até agora não disse como e outros milhares de inexperientes e inexpressivos que seguem no mesmo vácuo das eleições. Um vazio absoluto de propostas sensatas - o vácuo da seriedade.</div><div><br /></div><div>E agora você que também se achava parte da "a elite bem alfabetizada, possuidora de senso crítico, inteligente, cidadã de uma democracia". Cadê a sua liberdade de escolha? Será mesmo que ter algumas opções ruins é liberdade? Democracia? Como vamos escolher nosso governo se o governo não nos dá opções de verdade?</div><div><br /></div><div>Será que o Palhacinho do Batel e todos outros acham que nós temos cara de palhaços? E o pior de tudo é que eles acham: "<span class="Apple-style-span" style=" line-height: 21px; "><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">O candidato Varderli Couto Hartcopff (PMDB), também conhecido como "Palhacinho do Batel", é artista de rua. Há oito anos pede contribuições aos motoristas que passam pela esquina das ruas Carlos de Carvalho e Francisco Rocha. Hartcopff disse que resolveu se candidatar após ter recebido um convite de Maurício Requião. Além disso, ele encontrou uma forma bem humorada de pedir o apoio da população. "Eu chego e pergunto: – Você já tem candidato a vereador? Não? Então vote em um palhaço. O palhaço sou eu", contou Hartcopff."* <span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Não, os palhaços somos nós!</span></span></span></span></div><div><br /></div><div>Por que não exigir o mínimo dos candidatos e quando digo mínimo, é conhecer o ofício que se quer atuar, a política. Por que não exigir um conhecimento da ciência política, o conhecimento dos processos históricos do país, dos municípios, conhecimentos de economia, contabilidade, planejamento urbano? Você se consultaria um médico não formado em medicina? Você confiaria sua saúde, suas perpectivas financeiras, a segurança da sua vida a um palhaço, moto-boy, faxineira e todos os outros que querem se eleger somente pela sua profissão? Você confiaria sua vida a um vereador só porque ele é amigo de um conhecido seu, como milhares de pessoas escolhem durante as eleições?</div><div><br /></div><div>Sabe como eu me sinto? Chapada! Isso mesmo, sinto-me entorpecida pelos mais fortes narcóticos disponíveis, vejo vultos, bandeiras, cartazes, santinhos, jornais, jingles e mais jingles e mais bandeiras e eu, dopada, não consigo absorver nada, não consigo compreender nada, vejo vultos, luzes, cores, um mundo mágico onde todo mundo pode transformar tudo, mas não vejo nada. Vejo vultos da política séria que eu esperava ver.</div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;">Solução?</span> Pergunte para outra pessoa, não para mim, não sei as respostas e se alguém te disser, duvide. Nada é sério no país dos palhacinhos. Quer uma opnião sincera? Jogue seu título de eleitor fora, ele não serve para nada! Aliás, não jogue fora, recicle, é melhor ecologicamente falando.</div><div><br /></div><div>* fonte: <a href="http://www.verde.org.br/mostra.php?pagina=5&id=55&cat=1">http://www.verde.org.br/mostra.php?pagina=5&id=55&cat=1</a><br /></div><div><br /></div>Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-590076350877336182008-09-14T14:05:00.000-07:002008-09-15T10:07:23.666-07:00Gina em: Sexo Curitibano.No fim da noite:<br /><br />— Hmmmmm - balbuciou o curitibano meio tímido<br />— Pode falar vai... - acalentou a curitibana pensando "Será que ele quer o mesmo que eu? Queria tanto que ele me levasse para casa dele...".<br />— É que ... - "eu queria te levar pra minha casa" pensou, mas achou meio rude, afinal, ele: curitibano, fino e educado, não podia ser tão canalha.<br />— Ah sabe aquele disco do Kiss que eu te falei? Aquele que você disse que queria ouvir. Eu tenho lá em casa, não quer ficar lá um pouquinho? Eu te mostro...<br />— Eu vi o cd aqui no carro, no porta luvas... - "Sua anta! Por que você disse isso? Ele queria te levar pra casa!!" pensou ela extramamente angustiada.<br />— .... - "Acho que ela não quer, só pode ser, mas eu gostei tanto dela..." resmungou a si mesmo deprimido.<br />— Nossa que tempo estranho né? Agora pouco inda estava frio - recomeçou a conversa em uma nova tentativa.<br />— Pois é né, ninguém entende! - respondeu à contragosto. "Agora ele me vem falar do tempo???Que coisa mais brochante!".<br />— Está ficando tão frio, acho que vai chover... - "Choveeeeeeeeeeeeeee!!! Assim tenho a desculpa perfeita para levá-la para minha casa." rezou o curitibano.<br />— Está frio mesmo, bem frio, estou congelando! - "e a culpa é sua, você cortou o clima!" irritou-se ela.<br />— Você quer meu casaco?<br />— Ah que gentileza! - "Que homem romântico!!Ah mudei de idéia...".<br /><br />Ela nem percebeu que entre eles o clima esquentava rapidamente. Enquanto ele tirava seu casaco e colocava nos ombros dela, o curitibano sem querer (Ele jura que foi!), encostou um pedacinho de sua mão no seio dela, ela sentiu, arrepiou-se toda e ele comemorou internamente, era uma conquista, mas faltava ainda corpo inteiro...<br /><br />— Olha! Está sentindo? - disse ele<br />— Acho que não estou? O que é? - disse ela<br />— Começou a garoar, acho que vai ficar mais forte. Você não quer passar lá em casa? É aqui perto, podemos esperar a chuva passar!<br /><br />Antes de responder, ela escorregou, sem querer (Ela jura que foi!) e caiu em cima dele, com todo contato corporal que tinha direito, constrangeu-se, mas colados assim, apaixonados... Beijaram-se afinal, não um beijo terno, tranqüilo, um beijo louco, um beijo de desejo, molhado da chuva e abençoado pelos céus.<br /><br />— Eu topo! - sussurrou a curitibana<br /><br />Amaram-se com tudo que tinham direito e tudo que podiam, o extasiado e apaixonado casal, depois daquela noite era agradecer a Curitiba.Sim! Pela chuva...<br /><br />OBS: Antes que Curitiba, região metropolitana e litoral me linchassem nas ruas, finalmente o curitibano se deu bem!Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-88400946639179811422008-09-11T12:49:00.000-07:002008-09-11T12:54:36.076-07:00Gina em: Amores Curitibanos<p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style=" "><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">Era um vez um curitibano que não tinha um curitibana para amar, tinha 24 anos, estava se formando, empregado, tinha tudo, faltava-lhe o amor. Ah o amor! Em uma bela manhã de domingo o curitibano sentou num banco no meio da Vila Pinto, certo de que, talvez uma moça de origem mais humilde fosse mais fácil de conquistar, de casar, de ter filhos... </span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">Sentado naquele banco ele via de tudo, gordas, magras, altas, baixas, sorridentes, banguelas, travestis. Passava de tudo, tudo mesmo, mas eis que o mundo parou, alguém colocou uma música romântica e ela passou: Uma deusa! Uma ninfa! Uma sereia! Era a Gisele Bündchen da Vila Pinto! E ela passava, toda sorridente, toda luminosa, com as suas pernas torneadas, seios fartos e lábios vermelhos. Seu olhar insuante quase matou o curitibano e ele sem ar só podia pensar que era ela, a mulher de sua vida! </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"> Pensou em levantar do banco e simplesmente dizer para a moça "Oi ... só queria dizer que... você é a mulher da minha vida! Casa comigo?", parecia bonito, mas havia dois problemas: primeiro, ela não iria acreditar, iria achar que era uma cantada barata, segundo, ele era curitibano, não sabia falar. Calou-se e ficou observando, era tudo que podia fazer.</span></span></span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"> Observou tudo, aliás observou por 6 meses, não conseguia tomar coragem para falar com ela, não sabia como fazer isso, nem quando, nem onde, mas sabia onde ela morava, como se vestia, como se portava na rua, sabia até seu signo e o cachorro que ela gostava. Adorava chiwawas. E assim observando comprou um apartamento e decorou como presumia que ela gostasse, comprou um anel de noivado, marcou o casamento, comprou tudo até o chiwawa, só faltava a rainha daquele palácio, que próximo do dia dos namorados ele decidiu ir buscar de uma vez por todas, não importava o que fosse acontecer, iria falar com ela. Treinou por um mês, planejou, arquitetou, seria direto, franco e romântico e ela apaixonada, seria carregada por ele até o topo do palácio e.... </span></span></span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">- Bom dia! Essas rosas são para você moça!</span></span></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">- Nossa que gentileza! Quem mandou?</span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">- Eu mesmo! Estou apaixonado desde o primeiro dia em que te vi, gostaria de saber se você topava sair comigo hoje à noite?</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">- E você vai pagar quanto garanhão?</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">- Er... ahn... Como assim pagar? Garanhão?!?</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">- Sabia! Esse papinho todo! Não quer pagar pela noite né? É cada um que me aparece!!! Eu vivo disso sabia? Se eu não cobrar passo fome e ...</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">- Desculpe foi engano...</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"> E saiu correndo, desabalado, de coração partido o coitado do curitibano! A princesa do seu lar, a rainha do seu coração, a sua Gisele Bündchen da Vila Pinto era uma prostituta, linda, mas prostituta, maravilhosa, mas prostituta. Não podia suportar a dor, olhava para os móveis, para casa, para o castelo que tinha construído para ela, via seu sonho despedaçado, se ele tivesse lhe falado naquela manhã em que viu ela passar pela primeira vez, nada disso teria acontecido, nenhum móvel comprado, nenhum anel, nenhum cachorro, nada, mas ele era curitibano, se não fosse, a história seria outra. </span></span></span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span style=""><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;">O curitibano sofreu tanto que nem sabia mais onde sua dor começava e onde parava, praguejou tudo que podia, principalmente essa sua incapacidade de falar, essa coisa toda de ser curitibano. Chorou, chorou. Xingava: "É uma puta mesmo" e doía mais saber que não era um simples xingamento, mas como este final infeliz não dá ibope, vamos mudar um pouco o fim das coisas,o curitibano ficou com o chiwawa e o apartamento e nele foram felizes para sempre. Fim!</span></span></span></span><span style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p></o:p></span></p>Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-91043731633262611742008-08-25T22:32:00.000-07:002008-08-25T23:07:03.928-07:00Gina em: O motivo.A curitibana acordou naquela manhã de segunda-feira com uma sensação estranha, um frio na espinha, assustada, sentia o mau presságio no ar, aquela fina garoa, aquele tempo nublado, mas ela não era uma dessas pessoas que acreditam nos sinais místicos extra sensoriais. Simplesmente levantou-se da cama, vestiu-se, arrumou-se e foi-se cozinha abaixo preparar um café, um café bem forte, contudo no fundo da lata não havia pó algum, nada, nem instantâneo. Contentou-se com uma manhã sem café, algo que há muitos anos não acontecia a ela, porém aconteceu, poderia ser um mau agouro, mas ela preferiu não pensar nisso.<br /><br />Concentrou-se em simplesmente em não pensar que algo errado estava acontecendo quando pisou literalmente numa bela bosta de cachorro com seu scarpin. Seu scarpin novo. Agora ela acreditava, definitivamente algo estranho estava acontecendo e o problema era com ela mesmo. Tentou limpar o sapato como pode e apressou o scarpin para chegar até o ônibus, mas ele foi embora, fugiu dela, na cara dura. Mal-educado!!<br /><br />E ela ficou ali, amuada e triste, pensando "Entre tantos milhares de curitibanos por que eu????" e as respostas não vinham naquele banco gelado naquela manhã de segunda-feira. Tentou descobrir o que tinha feito de errado "será que acordei com o pé esquerdo?". O ônibus finalmente chegou após 30 minutos e ela continuava pensando "só pode ter sido café, segunda sem café deve dar azar em algum país asiático...".<br /><br />A curitibana cética se tornava numa mística senhora buscando a causa daquele azar, uma senhora bem arrumada, com todo prumo, toda pompa... "Filho não, vira pra lá filho por favor! Você consegue filho.... AI MEU DEUS NÃO VOMITA NA MOÇA!!!". E vomitou. Regorjitou para ser mais educado. Ela queria xingar a criança, a mãe da criança, o pai da criança, o cobrador do ônibus, o motorista do ônibus, o aquecimento global, mas ela não conseguiu, não saía um palavrãozinho, então foi educada "Ah não se preocupe eu dou um jeito não tem problema...". "Como não têm problema?? Você está maluca?" pensou a curitibana "Como eu vou tirar esse cheiro de leite azedo de cima de mim"<br /><br />Não tirou, foi daquele jeito mesmo trabalhar, não havia outra maneira. Sentia as pessoas olhando para ele de um modo estranho, sentia que todo mundo sabia que ela estava vomitada, mas não seria um vomitozinho que iria derrubar a curitibana. Certo que fedia muito, mas não ia derrubar né.<br /><br />No trabalho as pessoas evitavam ela, riam-se dela, tentou apelar para o chefe para ir embora, mas não conseguiu. Aquele dia parecia não ter fim e tudo, simplesmente tudo que ela tocou desde o início daquela manhã deu errado, principalmente um extenso relatório, um enorme relatório, um gigantesco relatório que ela mesma havia feito durante duas semanas foi fustigado por uma xícara de café que fez um salto duplo e caiu com tudo em cima do relatório e o arquivo decidiu sumir do seu computador depois disso.<br /><br />Várias outras coisas aconteceram ao dia da curitibana, coisas demais para um texto só, ela não sabia mais a quem recorrer, o que esperar, a cada desastre ela dizia "Tudo bem só mais este" e acontecia mais e mais. "Por que eu ???" ela dizia. Ninguém sabia, mas a verdade é que todo mundo naquele departamento, naquele bairro, naquela cidade, não estavam tendo um bom dia e quando o prefeito se perguntava em pleno gabinete "Por que eu??? Qual é o motivo de tantos infortúnios"<br /><br />Tudo porque chovia e quando chove em Curitiba nenhum curitibano consegue ter um dia que preste, nenhum, a chuva pode ser fraca ou forte, mas bastou um dia nublado para o curitibano se transformar num lobisomem, um bicho mau-humorado, pessimista, que não dá nem bom dia no elevador, não consegue nem esboçar um meio sorriso, quiça um inteiro. Deve ser algo na chuva dessa cidade que transforma as pessoas nesses seres pouco sociáveis e é por isso que o curitibano é como é naquele fatídico dia que um turista cruzou com uma espécie perdido por aí, frio, pessismista, estranho... Tudo porque chovia e quando chove em Curitiba nenhum curitibano consegue ter um dia que preste!Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-27595653347781663412008-08-17T21:13:00.000-07:002008-08-18T08:40:59.005-07:00Desculpe-me mundo! Eu voltarei em breve!!!!!!Antes de qualquer coisa lá vou eu pedir mil desculpas pelo repentino e não explicado sumiço virtual do blog.Certo, vamos as explicações, fiquei alguns dias sem computador, depois tive que reinstalar tudo porque o computador veio nu do conserto, juntando-se ao fato do início de minha nova faculdade, senhoras e senhores, prazer, GINA - futura-publicitária e atual caloura e bem mais um monte de coisas, mas minha quando os repórteres da CARAS vierem me entrevistar eu conto (isto é, nunca). Lá vai um remember só para ilustrar, em breve tem texto novo por ai.<br /><br /><br /><br /><strong>O curitibano e o vizinho no elevador:</strong><br /><br />O curitibano acorda, mau humorado, é claro, toma um café e pega o elevador no andar de seu apartamento e o elevador pára antes de chegar ao térreo...<br /><br />— Fecha, fechaaaaa portaaaaa... Droga!!!!!!!<br /><br />O vizinho abre a porta do elevador e entra, para infelicidade do curitibano.<br /><br />— Bom dia!!!!!!!<br /><br />— Bom dia...<br /><br />O elevador demora séculos para descer até o térreo e aquele silêncio está incomodando já.<br /><br />— Tempinho hein?<br /><br />— Pois é, diz que vai chover hoje<br /><br />— É essa cidade é maluca mesmo, ontem tava aquele calor...<br /><br />E o elevador finalmente chega ao térreo e os curitibanos se despedem se sentindo os cidadões mais simpáticos do universo.<br /><br /><br /><br /><strong>O curitibano e a pesquisa de opinião: </strong><br /><br />Lá vai o curitibano andando pela rua XV calmamente, está no horário e como todo habitante de sua cidade ele é uma lesma na calçada...<br /><br />— Bommmmm diiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!- diz uma voz simpática que fez uma aparição espontânea na frente do curitibano bloqueando sua passagem. Ele pára, pensa um instante, dá uma avaliada de cima à baixo e nota a logomarca no canto direito da blusa.<br /><br />— É pesquisa?? - pergunta<br /><br />— Sim querido, mas é rapidinho são só algumas perguntinhas.<br /><br />— Hmm... Então eu estou atrasado. Desvia da pesquisa e apressa o passo até a próxima quadra.<br /><br /><br /><br /><strong>O curitibano e a paulista no metrô.</strong><br /><br />O curibano vai à São Paulo a trabalho e precisa pegar o metrô para chegar a convenção da empresa. Ele entra no veículo e nota que todas as pessoas parecem estar conversando, pensando com os seus botões ele chega a conclusão que deve ser alguma turma de uma escola ou faculdade que pegam ônibus junto. O curitibano senta num dos assentos em fileira na lateral e fica pensando na vida, no tempo...<br /><br />— Oie!! Boa tarde!! Nossa que canseira hein, hoje trabalhei que nem um cavala, você sabe né, tem dia que o serviço é levinho, mas tem dia que pesa, nossa. To moída. Sabe que a minha vizinha, a Rosicreide, ela é uma folgada, trabalha só 4 horas por dia e fica reclamando ainda...- e a paulista continua contando da vizinha, da prima, da piriquita, do papagaio, do cachorro da Rosicleide. Nesse momento o curitibano já está acuado, amendrontado, encolhido no assento. Entra em pânico com o excesso de contato humano num dia só, então ele começa a rezar já pensando que é assombração.<br /><br />— Ei você quer uma bolacha? - oferece o curitibano, sentindo-se meio estranho pois é avesso a sua natureza oferecer coisas.<br /><br />— Nossa que gentileza, eu aceito sim... E o curitibano atocha a paulista de bolacha, uma atrás da outra, para ver se mastigando ela fica calada.<br /><br /><br /><br /><strong>O Curitibano e a pessoa simpática no ônibus.</strong><br />A pessoa ao lado está degustando uma barra de chocolate que parece simplesmente deliciosa, o Curitibano está babando no chocolate, mas é claro que ele não vai nem puxar papo com a pessoa, porque no fim das contas ele só sabe falar no máximo do tempo de Curitiba, nunca que o papo ia chegar no chocolate.<br />— Ei você quer um pedaço de cholocolate??- O curitibano olha para pessoa como se estivesse olhando um alien<br />— Você não é daqui né?<br />É claro que a pessoa simpática não era de Curitiba.<br /><br /><strong> O curitibano e o turista que fala que os curitibanos são frios.</strong><br /> —Curitibano não é frio, só não somos muito simpáticos - defende-se<br />—Ah é claro né, mesma coisa que dizer que o gelo é frio mas não é frio.<br />— Nossa você viu que frio que fez hoje? Sai de casa tava tudo branco de geada - e o curitibano começa pela 15º vez ao dia falar do tempo estranho da cidade.Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-59717850676611411672008-08-08T19:56:00.000-07:002008-08-08T21:05:42.588-07:00Gina em: O EstranhoO curitibano acordou naquela manhã com um bocejo que quase engoliu Curitiba e região metropolitana de tão imenso, realmente não queria sair da cama, mas escovou os dentes, lavou o rosto e foi-se corredor abaixo acordar a filha para o café e recomeçar a rotina de sempre, contudo, ao passar pelo banheiro viu que tinha alguém estranho sentado em suas dependências sanitárias, assim, de porta aberta mesmo.<br /><br />Pensou primeiramente em ralhar com a filha. O que era isso agora? Trazia namorados e nem avisava antes? Depois, pensando bem, aquele sujeito era meio estranho, estava acustumado com os namorados da filha serem realmente seres anômalos, mas aquele fugia a todo e qualquer padrão de estética que conhecia dela.<br /><br />Decidiu de fato ir conversar com a menina, afinal, queria saber quem era o sujeito mesmo, contudo, ao chegar ao quarto dela encontrou um bilhete avisando que ela havia saído bem cedo para uma entrevista de emprego. Ela nunca deixaria um namorado sozinho com o pai na casa, sabia que ele era super-ciumento e super-protetor, temia sempre que houvesse algum atrito. "E quem era aquele sujeito no banheiro então?" e voltou ao banheiro com um taco de beiseball só para garantir.<br /><br />O sujeito continuava lá, sentando no vaso sanitário, nem se mexeu com a visão do taco de beiseball. Simplesmente apontou amigavelmente e disse:<br />— Bziiiiii<br /><br />O curitibano já não fazia idéia do que estava acontecendo, mas reparando bem, aquele cara tinha os olhos um pouco juntos demais, as orelhas longes demais, possuia um estranho tom de pele, um pouco amarelo demais e os olhos tinham um tom acinzentado. Lia uma revista de ponta cabeça e tinha uma expressão de curiosidade extrema nos olhos Não podia ser deste mundo, mas estava muito próximo de ser. Era um ET em pleno vaso sanitário curitibano.<br /><br />Quando ele chegou a esta conclusão, apavorou-se completamente, queria que nada de diferente tivesse acontecido, não sabia reagir a imprevistos, muito menos como falar com estranhos, ora, ele era curitibano, não era de sua natureza mesmo a sociabilidade, ainda mais com seres de outros planetas.<br /><br />Tentou por alguns instantes ligar para a polícia, mas desistiu da idéia assim que atendente perguntou qual era a ocorrência. O que diria? Certamente não poderia dizer que havia um ET em seu banheiro e o nervosismo era tamanho que não conseguiu formular outra hipótese. Pensou também em vender a casa com ET e tudo, mas depois teria problemas para mostrar a casa. A outra alternativa era tentar manter um contato, mas isso era extremamente complicado, ainda mais para ele, curitibano-nato. Decidiu simplesmente ir trabalhar e deixar o ET lá mesmo e torcer para encontrar a casa íntegra depois.<br /><br />Alguns meses e anos se passaram desde aquele dia. Contou o ocorrido para a filha e junto dela tentou todas as hipóteses possíveis, menos o contato, para tirar o et do banheiro, porque desde aquele dia ele não se moveu um centímetro sequer do vaso, mas nada funcionou, tentou benzedeira, pai-de-santo, fez despacho, rezou novena, foi em todos os lugares possíveis e nada do ET voltar para seu planeta. Até que decidiu tentar o contato, era um sacrifício, mas ele queria seu banheiro de volta a todo custo, ao mesmo tempo que estava fascinado com o novo inquilino.<br /><br />— Oi. Boa tarde senhor Et! Tempinho estranho né? - balbuciou meio nervoso<br />— Bziiiiiiiiiiiiiiiii bzeeeeeeeee!<br />— Bom, não querendo ser chato com senhor, mas sabe, este é o banheiro da minha casa e já faz quase um ano que senhor está sentado aí, apertando os shampoos, ligando as torneiras. Não que o senhor seja uma má compania, mas eu fico um pouco incomodado em não oferecer melhores aposentos. Sei que a sua civilização é super desenvolvida, já até li por aí que foram vocês que trouxeram as pirâmides do egito e outras coisas. O senhor aceita um café?<br /><br />E o ET sumiu, sumiu mesmo, não deixou pó, nem rastro, nem souvenir, depois de tanto tempo na cidade ele já tinha adquirido alguns costumes, algumas maneiras e vícios, tinha virado por assim dizer, curitibano. E aquela história de conversar assim a troco de nada não lhe parecia muito natural, então foi embora, saiu correndo apavorado de volta para seu planeta.<br /><br />E o outro curitibano ficou se perguntando porque demorou tanto para tentar conversar com ele.Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-67221398661338720052008-08-06T10:27:00.000-07:002008-08-08T19:21:44.882-07:00Gina em: A calcinhaQuando o curitibano se encostou na varanda de seu apartamento no centro da cidade ele sabia que nada mais poderia acontecer a seu dia: seu pneu furou em plena avenida Iguaçu, chegou atrasado, levou bronca do chefe, ficou estagnado no trânsito da Silva Jardim e sua esposa ainda parecia furiosa pelo telefone quando ligou para ela no meio da tarde. Ele tinha uma consciência vã que nada mais lhe poderia ocorrer, já havia passado por todo tipo de situação inesperada naquele dia, mas aconteceu ainda mais, uma calcinha fio dental caiu do céu direto nas mãos dele, provavelmente do apartamento de cima...<br /><br />Pensou simplesmente em sair de casa e devolvê-la. "Oi, desculpa, é que... bem... sua calcinha fio dental caiu no meu apartamento e vim devolvê-la". Era fácil não? Não muito.E se atende um homem. "Oi, desculpe, é que... a sua esposa. É esposa? Deixou cair esse fio dental lá em casa e vim devol...". Certamente só 25% da sua integridade física voltaria para depois de um encontro desses.<br /><br />Pensou na possibilidade de sua esposa entregar, seria mais polido, mas aí surgia um novo problema, ela certamente perguntaria "Que diabos a calcinha fio dental da vizinha faz aqui em casa??? Você é muito cara-de-pau. Tem um encontro no nosso apartamento com a vizinha e ainda tem a audácia de pedir para que eu devolva a calcinha que ela esqueceu!!! Você é um cachorro! Cretino !". Era bem provável que ela agisse dessa maneira.<br /><br />E se ele simplesmente não devolvesse? "Estaria tudo certo" pensou o curitibano, mas e se a vizinha viesse procurar a calcinha, sua esposa teria a mesma crise da amante e não é de se duvidar que acusaria a vizinha e ele presenciaria um <em>catfight </em>bem no meio da sua sala.<br /><br />O curitibano esgotado de tanto pensar e não encontrar nenhuma solução plausível só pode tomar uma atitude quando ouviu o barulho das chaves de sua esposa na porta do apartamento.<br /><br />— Estou cansado de você, estou cansado dessa sua desconfiança. Você nunca confiou em mim! - disse à esposa.<br />— Como assim? Não estou entendendo nada! - falou ela<br />— Claro, agora você se faz de rogada. - acusou<br />— Explique, por favor,o que está acontecendo?? - disse já alterando o tom de voz<br />— Por exemplo, olha, é só um exemplo viu? Se a calcinha da vizinha caisse aqui na sacada do nosso apartamento e eu tivesse que devolver. Você acreditaria em mim?<br />— QUE HISTÓRIA É ESSA DE CALCINHA DA VIZINHA???<br />— Olha aí! Ta vendo! Você nunca confia em mim, nem quando eu cito um exemplo totalmente fictício e distante da realidade.<br />— Não é bem assim amor, é que uma história meio estranha né?<br />— Esse casamento acabou para mim, você nunca será capaz de confiar em mim - disse altivo<br />— Não, por favor, não vai embora...<br /><br />Ele nunca amaria outra pessoa como ela, mas foi embora devolver a calcinha da vizinha, antes que ela acabasse de verdade com o seu casamento.Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-2816723995218978482008-08-04T13:47:00.000-07:002008-08-04T13:59:37.393-07:00Gina em: Essências<div align="center">Você é aquilo que cria</div><div align="center">sua alma</div><div align="center">seu espírito</div><div align="center"> </div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"><br />Você é sua música</div><div align="center">suas composições</div><div align="center">seus solos</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"><br />Você é sua pintura</div><div align="center">suas cores</div><div align="center">seus traços</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"><br />Você é sua dança</div><div align="center">seus ritmos</div><div align="center">sua expressão</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"><br />Você é sua atuação</div><div align="center">seus personagens</div><div align="center">suas vidas</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"><br />Você é sua escultura</div><div align="center">sua forma</div><div align="center">seus gestos</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"><br />Invente</div><div align="center">Crie</div><div align="center">Renove</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"><strong><br />Você</strong></div><div align="center"><strong>É</strong></div><div align="center"><strong>Sua</strong></div><div align="center"><strong>Arte!</strong></div><div align="center"></div><div align="center"></div>Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-75647524195829192962008-07-30T07:14:00.000-07:002008-07-30T08:14:51.628-07:00Gina em: O Time da CapitalQuando Bill Shankly disse certa vez que "Futebol não é uma questão de vida ou morte, é muito mais que isso" mal sabia ele que sua frase ganharia literalidade em algum lugar no interior do estado do Paraná.<br /><br />Tudo começou quando alguns amigos em Curitiba decidiram montar um time de futebol para jogar uma pelada nos fins de semana, só por diversão, depois da partida faziam um churrusco e tomavam alguns barris de chopp.<br /><br />Ás vezes saia algumas pequenas rusgas durante as partidas, alguns narizes quebrados, luxações, escoriações, ferimentos, hemorragias, nada de inesperado. A maior parte das brigas surgiam durante as faltas, que, pela falta do juiz, nunca existiam, até mesmo quando um dos zagueiros decidiu que era uma jogada perfeitamente limpa voar com os pés na coxa do atacante adversário e o desafurtunado quebrou o femur por isso, ainda sim, não era falta.<br /><br />Depois de algumas partidas e alguns desfalques no time, não haviam mais jogadores suficientes para montar dois times e a única solução era montar um time só com os jogadores que sobraram e procurar adversários. Acharam. Um dos jogadores tinha parentes em Mandirituba, no interior do estado e articulou um amistoso com um time da cidade.<br /><br />O time de amigos que não tinha técnico e nem nome, fez um uniforme e viajou até o município, esperando nada além de uma pelada e um churrasco, mas ao chegar, tiveram algumas surpresas, e uma dela era um carro de som que anunciava a quem tivesse ouvidos:<br /><br />— E hoje às 17:00 a partida espetacular do Corithians de Marindiritiba contra o time da Capital-todos entreolharam-se e acharam graça do gracejo, afinal, agora o time tinha nome.<br /><br />Em qualquer lugar do mundo sempre há uma certa rivalidade entre as cidades interioranas e a capital, para piorar, em Curitiba algumas pessoas satirizavam aquela população chamando-os de "pé-vermeio" e para o povo de Madirituba aquela partida iria resolver essas diferenças. Fato que se quer passava na cabeça de algum dos curitibanos.<br /><br />Houve um tremendo churrasco, cerveja a vontade e é claro que os talentosos jogadores da capital nem se quer pensaram que não iria fazer muito bem costela-cerveja-e-futebol, simplesmente esbaldaram-se, enquanto os craques do timão de Mandirituba, ficaram só no arroz e feijão, o churrasco era uma tática do prefeito para inutilizar os jogadores.<br /><br />A partida iniciou com uma bateria de fogos, os aplausos dos 400 presentes na arquibancada e o apito do juiz, a tensão aumentou, ninguém esperava tamanha receptividade para uma simples pelada e quando o time da capital decidiu levar a sério a partida, já era tarde, o time já estava desfalcado pela dor-de-barriga de metade dos jogadores e por outros que se engraçaram com as meninas da cidade, também arranjadas pelo prefeito e sumiram no matagal.<br /><br />O resultado não poderia ser outro, ainda mais com o juiz apitando à favor do timão, a partida ficou em 7x1 para o Corinthians de Mandirituba e o pessoal da capital tratou de ir embora, com o rabo entre as pernas após tamanho vexame, reclamando do Juiz, mas a partida ficou na memória dos mandiritubenses como "O dia que Mandirituba surrou a capital".Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7930386732405124477.post-71949129641240372322008-07-28T16:48:00.000-07:002008-07-28T17:34:02.982-07:00Gina em: Conto do não escrever.<p>“Aquele cheiro cítrico das mimosas lembrava sua infância, ela, menina, chupando os gomos e impregnando aquele cheiro de fruta por todo lado”. Será que é isso? Não, não gostei, não é uma frase boa para iniciar um livro, um romance, muito romântico se é que você me entende. </p><p>Nessas alturas da vida sei que não serei mais uma Lygia Fagundes Telles, nem uma Cecília Meirelles, muito menos uma Danielle Steel ou uma Agatha Christie, todavia, ainda posso lançar um livro, certo de que meu nome talvez algum dia seja lembrado naquela lista dos “10 autores mais ou menos da literatura paranaense”.</p><p>Já ouvi dizer que o segredo do romance é não saber sobre o que escrever, simplesmente escrever e ir desenvolvendo até um ponto que a história ganha escopo. Será que funciona? Começando eu talvez consiga, mas o problema é esse, a primeira frase. Preciso de uma frase simples, de impacto, como aquela primeira frase de “Amor nos tempos do cólera”. “Era inevitável: o cheiro das amêndoas amargas lhe lembrava sempre o destino dos amores contrariados”. Isso sim é uma frase de impacto! Até me emociono em pensar nos amores contrariados das amêndoas amargas com ditos assim, como uma frase tão sonora.</p><p>E se eu usasse alguma frase de outro autor? Poderia funcionar não? Talvez... E se alguém reconhecesse, certamente diria “ihhh essa menina não consegue nem criar sua própria primeira frase, imagine só um livro inteiro?” Depois queimaria o livro ou venderia num sebo daqueles que o dono não entende nada de literatura e compra tudo para vender a um real.</p><p>Eu preciso escrever esse livro, tantos anos e eu nunca escrevi mais que três páginas, já escrevi contos, mini contos, poesias, crônicas, histórias-para-boi-dormir e agora, logo eu, travo justamente na primeira frase. </p><p>E sobre o que mesmo que eu queria escrever? Amor? Humor? Aventura? Drama? Suspense? Terror? Ficção? Contos de Fada? Auto-ajuda? Turismo? Culinária? Nem isso eu sei, nem o gênero, não sei a primeira frase e ainda acho que não sirvo para aquelas fotos de marca página, não sou fotogênica para fotos de rosto.</p><p>Certo, não vou escrever a primeira frase, meu livro vai começar do fim “E foram felizes para sempre até que a princesa engordou e o príncipe se interessou pela vizinha”. Que tal? Estranho... Muito estranho... </p><p>Quem sabe uma frase do biscoitinho da sorte? “Águas passadas não movem moinhos” Talvez um provérbio assim, quem sabe? Não, muito retrógrado, para um autor como Joaquim Manoel Macedo quem sabe, naqueles livros antigos de capa dura, cheios de arabescos dourados e de Moreninhas santas. </p><p>Tantas histórias, tantas tramas, tantas vidas, tantos demônios precisando ser libertados, mas nada sai da minha imaginação, meus personagens estão de férias e meus roteiristas estão em greve. E todos eles, personagens, roteiristas, figurinistas, cenógrafos, todos, agora riem de mim que não consigo se quer escolher a primeira frase para meu livro.</p><p>E você fica rindo, seu insensível, garanto que nem um roteiro de tirinha da Mônica você escreve! Ah você já escreveu, bem e um livro? Um romance daqueles de varar as madrugadas lendo de tão interessante? Ah você escreveu um best-seller... Droga. Maldita inclusão digital!</p><p>E eu que acabo de escrever um conto sobre o não escrever e ainda não sei qual será a primeira frase do livro que sonho escrever. Alguém por favor ensine uma pobre analfabeta literária a escrever?<br /><br />------Fim!</p><p>E falando em livro o Ivan Grycuk, escritor do Conde (<a href="http://ocondei.blogspot.com/">http://ocondei.blogspot.com/</a>) está escrevendo mais um livro, pelo blog dá para ter uma idéia de como será bom. Jogando com a subjetividade, com alter egos e desejos íntimos, as vezes, brincado com o sentido das palavras, dá para ter uma idéia que seu livro só poderá ser coisa boa! E aqui vai um conto dele que eu gosto muito...</p><p><strong>O mesmo bar - por Ivan Grycuk</strong></p><p>O bar estava lotado de pensamentos e fantasmas. Todos arrumando desculpas para ficarem calados e de cabeça baixa. Todos concentrados e com olhar constante, mas confusos e desencontrados.</p><p>O bar estava vazio. Sem novidades, discussões, conversas ou leituras silenciosas. A waitress cantarolava algo, baixinho, para espantar o medo do vazio e da razão.</p><p>Desperdiçou um sorriso para si mesma ao lembrar-se de mim e pensou, carinhosamente, mas triste, que no mundo dela eu não existo, apesar desse mundo ser eu.<br /><br /><strong>Gostou?</strong> Visite!!!</p><p><a title="O Conde, por Ivan Grycuk" href="http://ocondei.blogspot.com/" target="_blank" alt="O Conde"><img src="http://www.oconde.blogger.com.br/Banner.gif" border="0" /></a><br /><br /><br /></p>Arlequinahttp://www.blogger.com/profile/13359412861592198058noreply@blogger.com2